Na postagem "Estamos de volta", de 19 de setembro, tratamos de alguns aspectos positivos da greve. Porém, algumas situações colocaram em risco o movimento, como a falta de respaldo financeiro por parte da Direção do Sindicato. Todas as despesas da greve correram por conta de colaborações dos trabalhadores e da ação entre amigos que realizamos. Até hoje, não sabemos como é gerido financeiramente o Sindicato, pois não há prestação de contas e nem Conselho Fiscal. O que é feito do nosso dinheiro, se ele não aparece quando mais se precisa dele?
A falta de confiança da categoria em relação à Direção do Sindicato, também foi outro problema que se agravava quando não se tinha a presença da assessoria jurídica em situações limite, como os conflitos no lixo ou nas mesas de negociações.
Mas, sem dúvida, a questão das horas paradas é o que nos atinge de forma mais contundente. Comunicamos, aqui, que, durante as negociações, não foi feito acordo de compensação de horas, por uma simples razão: a categoria não aceitou isso e, caso fizéssemos qualquer acordo nesse sentido, não poderíamos entrar na justiça requerendo o abono dos dias parados.
O desconto das horas, o atraso do vale alimentação durante a greve, as ameaças aos encarregados e ao pessoal em estágio probatório foram estratégias para derrubar o movimento, para tirar a nossa força. É importante que tenhamos a consciência que um movimento desses não iria ser "engolido" por parte do Executivo. Eles tem o poder nas mãos. E nós, o que temos?
Só nos mantendo unidos e sem nos abalarmos diante das ameaças que poderíamos obter algum sucesso. Entendemos que fomos vitoriosos nesse movimento. Mas, poderíamos ter sido mais, se tivéssemos mantido o movimento firme por mais tempo.
Porém, isso não foi possível, principalmente pela insegurança da categoria em relação à Diretoria do Sindicato, pois, querendo ou não, eles é que são nossos representantes legais.
Essa insegurança se confirma quando dois membros da Diretoria do Sindicato, logo após a greve, conseguem cargos com GF dentro do SANEP. Estranho, não?!
No ano que vem, como será?
Não estávamos nos manifestando a respeito disso até o momento para não prejudicar a categoria com disputas internas, enquanto não se resolvesse o problema das horas paradas. Porém, nunca paramos de trabalhar silenciosamente e comunicamos que voltamos à carga com o mesmo projeto para limpar esse Sindicato. Não adianta se pensar em fazer nada enquanto a Diretoria do SIMSAPEL não for realmente comprometida com a categoria.
O documento de abaixo assinado solicitando a Assembleia Geral começará a circular na primeira semana de novembro.
Contamos com todos!!!
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