Como
divulgamos na postagem de 04 de setembro, procuramos os cinco candidatos a
prefeito de Pelotas para conversarmos sobre assuntos de interesse da Categoria.
Sejam eles:
·
Privatização, terceirização, parcerias público
privadas (PPPs) e aluguéis de veículos e equipamentos para os serviços de
água e saneamento;
·
Política salarial;
·
Plano de carreira;
·
Condições de trabalho e
·
Participação dos servidores na gestão do SANEP.
Depois
das reuniões, solicitaríamos, por escrito, seus posicionamentos e proposições
com relação a esses assuntos.
Procuramos
a todos os candidatos.
Conseguimos
nos reunir com Jurandir Silva, Catarina Paladini, Matteo
Chiarelli e Fernando Marroni,
A
reunião com Catarina Palladini foi a que ele mesmo promoveu para os servidores
do SANEP.
Com
Matteo Chiarelli houve dois encontros - o último foi promovido pelo candidato
para mais servidores e, nos dois, o Diretor Presidente do SANEP estava
presente.
Já
a reunião com Fernando Marroni durou muito pouco tempo. Quando ainda estávamos
tratando do primeiro ponto da nossa pauta, o candidato questionou
nossa representação junto à Categoria e, alegando respeito aos sindicatos e às
categorias, tratou de encerrar a reunião.
O
candidato Eduardo Leite, por conta de problemas de agenda, não pode nos receber
a tempo de elaborarmos este retorno aos nossos colegas.
Não
recebemos retorno por escrito de nenhum dos candidatos. Por essa razão, não
poderemos entrar em detalhes sobre as reuniões. Apenas faremos um apanhado
geral a respeito dos assuntos tratados.
Sobre
POLÍTICA SALARIAL, PLANO DE CARREIRA, CONDIÇÕES DE TRABALHO e PARTICIPAÇÃO DOS
SERVIDORES NA GESTÃO, de forma geral, os candidatos preferem avaliar a situação
que irão encontrar na Prefeitura antes de tratarem de índices e prazos.
Porém, manifestam que o servidor precisa ser valorizado com salário digno, plano de carreira, condições de trabalho e que a autarquia pode funcionar melhor se os servidores participarem da gestão.
Porém, manifestam que o servidor precisa ser valorizado com salário digno, plano de carreira, condições de trabalho e que a autarquia pode funcionar melhor se os servidores participarem da gestão.
Lamentamos
que não tenhamos recebido respostas por escrito, pois só ouvimos propostas
"muito boas" e seria ótimo citá-las aqui.
Quanto
ao primeiro ponto, PRIVATIZAÇÃO, TERCEIRIZAÇÃO, PPPs E ALUGUÉIS DE
VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS, todos com os quais conversamos afirmam interesse em
valorizar a autarquia e fortalecê-la. Porém, foram manifestadas intenções de
realização de PPPs para solucionar o problema dos resíduos sólidos.
Sem
dúvida, esse problema exige uma solução. Conforme o edital da CONCORRÊNCIA N.º
02/2011, do SANEP, o valor do serviço de transbordo é de R$ 14.841.767,93
por dois anos, ou seja, R$618.407,00 por mês. Como solução pra esse problema,
alguns candidatos consideram a possibilidade de se transformar os resíduos
sólidos em energia através de PPPs que atuam com o "tratamento
térmico", que pode ser incineração ou pirólise.
Entendemos
que esse tipo de solução merece uma discussão considerável em que todos fiquem
cientes dos riscos ambientais implicados, principalmente com relação às
substâncias tóxicas que podem ser liberadas nesses processos, como as dioxinas.
Segundo Frei Beto, no artigo Morra
pela boca[1],
publicado na edição 159 do Correio da Cidadania, as dioxinas "são 500
vezes mais tóxicas que o famoso veneno estriquinina. Modificam o nosso código
genético e causam câncer". Ainda, são produzidas pelos incineradores de
lixo, passam facilmente pelos filtros e as cinzas podem contaminar o solo e o
lençol freático.
Por
outro lado, entendemos que qualquer solução deve considerar que as PPPs são uma
forma de privatização, sim. Entendemos que, se há condições de empresas
privadas lucrarem com a prestação do serviço, que seria pago pela população,
muito melhor seria a própria Autarquia prestar esse atendimento e reverter
esses valores em benefícios à cidade. As empresas que trabalham com saneamento
e tratamento de resíduos sólidos no mundo são as mesmas que trabalham com
tratamento de água. A porta de entrada é o saneamento, que é bem dispendioso e
a meta é a privatização da água que é um bem cada vez mais valorizado
economicamente em todo o mundo.
Fiquemos
atentos!
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